domingo, 28 de abril de 2013

Rafael,Priscio,Joaoa Antonio< Lennon








 





Cuti - Quebranto
às vezes sou o policial que me suspeito
me peço documentos
e mesmo de posse deles
me prendo
e me dou porrada

às vezes sou o porteiro
não me deixando entrar em mim mesmo
a não ser
pela porta de serviço

às vezes sou o meu próprio delito
o corpo de jurados
a punição que vem com o veredicto

às vezes sou o amor que me viro o rosto
o quebranto
o encosto
a solidão primitiva
que me envolvo com o vazio

às vezes as migalhas do que sonhei e não comi
outras o bem-te-vi com olhos vidrados
trinando tristezas

um dia fui abolição que me lancei de supetão no espanto
depois um imperador deposto
a república de conchavos no coração
e em seguida uma constituição
que me promulgo a cada instante

também a violência dum impulso
que me ponho do avesso
com acessos de cal e gesso
chego a ser

às vezes faço questão de não me ver
e entupido com a visão deles
sinto-me a miséria concebida como um eterno começo

fecho-me o cerco
sendo o gesto que me nego
a pinga que me bebo e me embebedo
o dedo que me aponto
e denuncio
o ponto que me entrego

às vezes...

Por: Paula Riske - 1º B

Literatura - Grafite (Kbça)
Soldados negros.
Linhagem
                             Carlos de Assumpção
https://www.youtube.com/watch?v=_hxbOnIpT7c
Baterista negro.
Soldado negro.
Eu sou descendente de Zumbi                                         
Zumbi é meu pai e meu guiaa men

sagens do Orum
Meus dentes brilham na noite escura
Afiados como o agadá de Ogum                                                                   


Eu sou descendente de Zumbi
Sou bravo valente sou nobre
Os gritos aflitos do negro
Os gritos aflitos do pobre
Os gritos aflitos de todos
Os povos sofridos do mundo
No meu peito desabrocham
Em força em revolta
Me empurram pra luta me comovem
Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia
Eu trago quilombos e vozes bravias dentro de mim
Eu trago os duros punhos cerrados
Cerrados como rochas
Floridos como jardins.

Princesa do Micareta de Fsa, negra.
Rei Momo, negro.
Sorriso, acima de qualquer diferença.




Amizade, superando preconceito.

Mestre em Lutas marciais.



Balconista negra.














Idosa negra, vendendo picolé.
                 
    
A cor de pele se torna algo insignificante, quado se tem amor!



Análise: No poema "Linhagem" (acima), através do verso "Eu sou descendente de Zumbi", o poeta evoca uma ancestralidade que tem a ver com a trajetória de batalhas dos afro-descendentes no Brasil. Uma trajetória cujas raízes remontam a Palmares e ao guerreiro que melhor simbolizou a trajetória do quilombo, e que atualmente consta do panteão oficial dos heróis brasileiros.

GRUPO: Ana Cecília
Ariadne
Milena
Geovana
Luan.

CADERNOS NEGROS-Ana Kamila 1°ano A



TEIMOSA PRESENÇA

Eu continuo acreditando na luta
Não abro mão do meu falar onde quero
Não me calo ao insulto de ninguém
Eu sou um ser, uma pessoa como todos
Não sou um bicho, um caso raro
ou coisa estranha
Sou a resposta, a controvérsia, a dedução
A porta aberta onde entram discussões
Sou a serpente venenosa: bote pronto
Eu sou a luta, sou a fala, o bate-pronto
Eu sou o chute na canela do safado
Eu sou um negro pelas ruas do país.



                                              




Beatriz Milhazes
                Beatriz Milhazes
                           Beatriz Milhazes




Grupo: Ana Cecília
       Ariadne
        Geovana
     Milena
   Luan

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Poema

 EU-MULHER (Conceição Evaristo)

Uma gota de leite
me escorre entre os seios.
Uma mancha de sangue
me enfeita entre as pernas
Meia palavra mordida
me foge da boca.
Vagos desejos insinuam esperanças.
Eu-mulher em rios vermelhos
inauguro a vida.
Em baixa voz
violento os tímpanos do mundo.
Antevejo.
Antecipo.
Antes-vivo
Antes - agora - o que há de vir.
Eu fêmea-matriz.
Eu força-motriz.
Eu-mulher
abrigo da semente
moto-contínuo
do mundo.

 
Grupo: Alice
Matheus Galvão
Miguel
Karol Braz
Victor
Keyla
 

Poema Raizes Negros


Saga que cega o homem
Sem nome segue além
Seu destino a servidão
A dor no porão do negreiro
O nevoeiro deixou para trás
A mãe África... Continente generoso
Agora distante e doloroso
Horroroso opróbrio da escravidão
Açoites, argolas, gritos e dor
Dentes cerrados...
Angola nunca mais
Cativo de sua terra natal
Nativo de Moçambique
Guerreiro do Congo e Bissau
Desembarcou assustado
Pescoço acorrentado
A escravidão agora é um novo inimigo
Que precisava ser derrotado
Mas apenas ser negro já era complicado
Ter na cor a raça
E por sua massa ficava logo marcado
Sendo vendido como produto em pleno mercado
Quem se negava ao trabalho escravo
Era pendurado no poste, castigo e açoite
Dia e noite até a morte
Pra vencer a senzala não bastou apenas ser forte
Tinha que ter no sangue o desejo de liberdade
E um grito surgiu nos ares
No quilombo dos Palmares
E em muitos outros altares
Nos pilares dos quilombos
Onde se abrigou a cultura
A estrutura de um sonho livre
Que nunca acabou,
As raízes fincadas em solo estrangeiro
Crescem fortes e guerreiros
Levando adiante a alegria
Que um dia foi um soluçar de dor.
 
 
 
Grupo: Keyla
Miguel
Matheus Galvão
Alice
Karol Braz
Victor
 

 

filme de baksy 1° B

Gabriel
Isaías
Joecio
Matheus vieira
Priscila
Rosimeire

quinta-feira, 25 de abril de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Érika Viera 1 B

Raízes

Negro
Saga que cega o homem
Sem nome segue além
Seu destino a servidão
A dor no porão do negreiro
O nevoeiro deixou para trás
A mãe África... Continente generoso
Agora distante e doloroso
Horroroso opróbrio da escravidão
Açoites, argolas, gritos e dor
Dentes cerrados...
Angola nunca mais
Cativo de sua terra natal
Nativo de Moçambique
Guerreiro do Congo e Bissau
Desembarcou assustado
Pescoço acorrentado
A escravidão agora é um novo inimigo
Que precisava ser derrotado
Mas apenas ser negro já era complicado
Ter na cor a raça
E por sua massa ficava logo marcado
Sendo vendido como produto em pleno mercado
Quem se negava ao trabalho escravo
Era pendurado no poste, castigo e açoite
Dia e noite até a morte
Pra vencer a senzala não bastou apenas ser forte
Tinha que ter no sangue o desejo de liberdade
E um grito surgiu nos ares
No quilombo dos Palmares
E em muitos outros altares
Nos pilares dos quilombos
Onde se abrigou a cultura
A estrutura de um sonho livre
Que nunca acabou,
As raízes fincadas em solo estrangeiro
Crescem fortes e guerreiros
Levando adiante a alegria
Que um dia foi um soluçar de dor.


       Cesar Moura

Poemas de "Cadernos Negros".

Traçado.

O traço saído
do crespo estilo
do teu cabelo
trançado e escuro
já mora em meu olho.
Márcio Barbosa

Apenas composto por cinco versos, o poema "Traçado" de Márcio Barbosa mostra como o negro, seu cabelo crespo e trançado, é marcante na visão das pessoas. A foto acima mostra uma negra que reside em Feira de Santana, seus cabelos trançados e tom de pele, além do olhar são podem relacionar-se ao poema, tudo muito marcante e atraente. 
-
Versão

Negro é o amor onde habito silente
a cor talhada na dor da senzala
resumo de visa em ferro e carvão.
Negro é o amor forjado no tempo
pretume piche azeviche
tição aceso na tez
do instinto de luta o peito é abrigo
o riso é a fluência de um novo começo.
Márcio Barbosa.

No poema acima o eu-lírico além de expressar sua dor, e a dor dos negros ao se referir à dor da senzala e o trabalho que resumia a vida em ferro e carvão, referente à escravidão, também mostra uma "ponta" de esperança ao falar sobre o novo começo, o riso, pois apesar de todo o preconceito e desigualdade que separa o mundo entre raça, crença e cor, ainda existem pessoas que lutam por um mundo igualitário e é nesse processo de esperança, nessa versão, que devemos continuar lutando e acreditando.
-
Integrantes:
Brenno Carvalho
Déborah Aragão
Érika Vieira
Honodi Araujo
Michelle Dias
Tuany Rodrigues

1º ano. Turma B.
-

Obs.: Todas as fotos foram pegas com devida autorização das donas. 

Foto 2: Krislayne Vilela. https://www.facebook.com/krislayne.vilela

sábado, 20 de abril de 2013

Gustavo Thalles 1ºA

O Último Andar

No último andar é mais bonito:
do última andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.

O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.

Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.

Quando faz lua, no terraço
fica todo o luar.
É lá que eu quero morar.

Os passarinhos lá se escondem,
para ninguém os maltratar:
no último andar.

De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:

no último andar.



Retirado do livro Meus primeiros versos

Por: Mariana Soares 1º B

Grafite em 3D.

Por: Mariana Soares 1º B

Grafite em 3D.

Por: Mariana Soares - 1º B

Grafite em 3D

Rafael

 Artista Desconhecido.

Por: Paula Riske - 1º B

                                                               Artista Desconhecido

Por: Mariana Soares - 1º B

                                                               Artista desconhecido.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Gustavo Thalles 1° A

As Meninas

Arabela 
abria a janela. 

Carolina
erguia a cortina.

E Maria 
olhava e sorria:
´´Bom dia!``

Arabela
foi sempre a mais bela.

Carolina,
a mais sabia menina.

E Maria
apenas sorria:
´´Bom dia!``

Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.

Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
´´Bom dia!``

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Rafael

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Pra a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?

E ouvi-la na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do dia.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Vitória Ribeiro 1º ano A - (Poema de minha autoria)

Pra que?   (Vitória Ribeiro)

Parei e pensei,
Pra que amar quando não se é amado?
Pra que chorar quando o motivo é algo que não vale a pena?
Pra que sonhar quando realizar é quase impossível?
Pra que viver quando morrer é muito mais fácil?
Pra que falar o que sente e ser ignorado?
Pra que correr atrás do que não se pode alcançar?






Vitória Ribeiro 1º ano A

Banksy

Vitória Ribeiro 1º ano A


Mural Apagado

Um grande mural do "artista guerrilheiro" Banksy foi coberto de tinta por funcionários contratados pela prefeitura da cidade britânica de Bristol para lidar com pichação. O trabalho artístico, com pouco mais de 7 metros de comprimento e que ficava em um muro ao lado de oficinas na cidade, foi coberto com uma grossa camada de tinta preta. O conselho municipal de Bristol disse que quer que o erro seja investigado e determinou a preservação de todas as obras de Banksy na cidade. Em consequência deste engano, alguém pichou as palavras "wot no Banksy?" (que poderia ser traduzido como "o quê, sem Banksy?") por cima da tinta preta. O mural, um dos primeiros trabalhos de Bansky, apresentava uma coleção de formas azuis, com o traço que é sua marca registrada. Há outros grafites dele em uma ponte ferroviária na mesma cidade. Gary Hopkins, do conselho municipal de Bristol, disse que os funcionários da empresa contratada, Nordic, receberam a incumbência de apagar uma pichação ao lado da obra de Banksy, mas se enganaram e cobriram os traços do artista. "Nós teremos que tomar providências contra a empresa, porque o conselho municipal não deu instruções para a remoção de nenhum trabalho de Banksy. Estamos cientes de que ele é bastante valioso e temos instruções específicas para que nenhum mural de Banksy seja removido", afirmou. A Nordic e o artista não se pronunciaram sobre o assunto. Algumas das obras de Bansky alcançaram preços altos entre colecionadores. Em fevereiro, uma imagem de aposentados jogando boliche com bombas foi vendida pelo equivalente a quase US$ 200 mil, um recorde para o artista. Mas a galeria Lazarides, em Londres, que vende seu trabalho, disse que seria um erro colocar um preço no antigo mural de Bristol pois isto poderia ser uma tentação para pessoas que poderiam removê-lo.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Miguel Ferreira 1º B



Jean  Michel Basquiat
  
   Foi um artista americano que começou fazendo graffiti aos 17 anos em metrôs de Manhattan e terminou como um grande artista internacional de vanguarda da década de 80.

     A vida e carreira como pintor de Jean-Michel Basquiat são quase paradigmáticas dos mistérios do mundo artístico dos anos 1980. A sua ascensão à fama não tem paralelo. O pintor de graffitis, que deixava declarações misteriosas e espirituosas nas paredes do SoHo e East Village usando o pseudônimo SAMO, tornou-se uma celebridade, participando na cena artística de Zurique, Nova Iorque, Tóquio e Los Angeles. Ele foi cortejado e no final descartado por um mercado artístico que via os preços dispararem para valores anteriormente inimagináveis, enquanto os seus mecanismos seguiam leis cada vez mais implacáveis e puramente econômicas.






Jean-Michel Basquiat  (1985) TENOR



Miguel Ferreira 1º B



Tabaco - Jean-Michel Basquiat (1984)